O calamar é um bicho de olho grande
Seus oito braços pegam o que der
Enquanto dois tentáculos enormes
Distribuem bolsas pra quem quiser
Sua cabeça é grande, muito grande
Mas dentro... só sujeira, tinta preta
E a pena com que assina os contratos:
Negócios ilegais, tudo mutreta
Não ganhou estrelinha na escola
Mas o seu sonho sempre foi brilhar
Fingiu que era uma estrela lá no céu
Mas viu-se que era só estrela do mar (de lama)
Alexein Andros
quarta-feira, 13 de março de 2013
Covarde dos mais bostas
Pra ti fizeram música, até filme
Pra ti! Tinhas a chance de mudar
O rumo de teu povo empobrecido
Que, infelizmente, em ti foi confiar
O pior ladrão é aquele que é rico
O pior rico é aquele que foi pobre
E esquece suas origens, seu passado,
Passando a acreditar que nasceu "nobre"
Nobreza, vagabundo, tem quem sobe
A escada e leva o fraco em suas costas
Quem faz de escada as costas do fraco
É somente um covarde dos mais bostas
Pra ti! Tinhas a chance de mudar
O rumo de teu povo empobrecido
Que, infelizmente, em ti foi confiar
O pior ladrão é aquele que é rico
O pior rico é aquele que foi pobre
E esquece suas origens, seu passado,
Passando a acreditar que nasceu "nobre"
Nobreza, vagabundo, tem quem sobe
A escada e leva o fraco em suas costas
Quem faz de escada as costas do fraco
É somente um covarde dos mais bostas
Abana o teu rabo, cachorrinho
Abana o teu rabo, cachorrinho
Abana e faz feliz esse teu dono
Lambe sua mão, implora-lhe a comida
Por ele dá tua alma, tua vida
E dorme, bem tranquilo, o teu sono
Não liga se te bates, cachorrinho
Porque é pro teu bem, pra que aprendas
Deixe-o pôr a coleira (é tão bonita!)
Dá-lhe, feliz, as rédeas da tua vida
Faz o que ele deseja e ganha prendas
Quando ficares velho, cachorrinho,
Doente e condenado ao abandono,
Lembra que tu tivestes boa vida,
Que te deram banho, casa, comida...
Lembra como foi bom pra ti teu dono
Abana e faz feliz esse teu dono
Lambe sua mão, implora-lhe a comida
Por ele dá tua alma, tua vida
E dorme, bem tranquilo, o teu sono
Não liga se te bates, cachorrinho
Porque é pro teu bem, pra que aprendas
Deixe-o pôr a coleira (é tão bonita!)
Dá-lhe, feliz, as rédeas da tua vida
Faz o que ele deseja e ganha prendas
Quando ficares velho, cachorrinho,
Doente e condenado ao abandono,
Lembra que tu tivestes boa vida,
Que te deram banho, casa, comida...
Lembra como foi bom pra ti teu dono
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Me lembre d'outras eras meu mau fado
Me lembre d'outras eras meu mau fado
Para que não o repita nesta vida
Mi'a alma lhe implora, arrependida
Pois quer remir-se do que fez de errado
Permite-me rever as tristes dores
Que plantei (e hoje colho) em meu passado
Eu sei que, a meus irmãos, eu hei lesado
Por isso, hoje, eu quero plantar flores
Me ajude a cultivar amores ternos
Me ensine a não temer ninguém nem nada
Me mostre a paciência dos eternos
Mi'a mão já não tem sangue, está lavada
Difícil é, nestes tempos modernos,
Saber lavar mi'a alma atormentada
Para que não o repita nesta vida
Mi'a alma lhe implora, arrependida
Pois quer remir-se do que fez de errado
Permite-me rever as tristes dores
Que plantei (e hoje colho) em meu passado
Eu sei que, a meus irmãos, eu hei lesado
Por isso, hoje, eu quero plantar flores
Me ajude a cultivar amores ternos
Me ensine a não temer ninguém nem nada
Me mostre a paciência dos eternos
Mi'a mão já não tem sangue, está lavada
Difícil é, nestes tempos modernos,
Saber lavar mi'a alma atormentada
Eles, ocultos, prevaricam
Primeiro, lhe ensinam a temer
Temer a sociedade, Deus...
Até mesmo os parentes seus
O que aprende sem perceber
Ensinam-lhe, então, a oprimir
Todos os que são diferentes
Mesmo que sejam os parentes
De quem aprendeu a fugir
É assim que se certificam
De que nada irá se alterar
Com o povo a se vigiar
Eles, ocultos, prevaricam
Temer a sociedade, Deus...
Até mesmo os parentes seus
O que aprende sem perceber
Ensinam-lhe, então, a oprimir
Todos os que são diferentes
Mesmo que sejam os parentes
De quem aprendeu a fugir
É assim que se certificam
De que nada irá se alterar
Com o povo a se vigiar
Eles, ocultos, prevaricam
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Oligarquia, câncer das nações!
Oligarquia, câncer das nações!
Nações fundadas em terras roubadas
À força, pelos fios das espadas
A serviço de uns, não de milhões
Antes, os reis, os duques, os barões,
Mandaram nessas terras violentadas
Mais tarde, suas cadeiras são tomadas
Pelos gananciosos vendilhões
São eles, os gulosos bilionários
Sem pátrias, sem bandeiras e sem hinos
Que elegem os governantes salafrários
Enquanto a pobre massa de ovinos,
Vigiada por cachorros proletários,
Engorda, com seu sangue, os vis suínos
O marujo da nau social
É mais fácil culpar o corrupto político
Do que olhar-me por dentro e ver que, no fundo,
Sou agente de muitos dos males do mundo,
Pois não me sinto bem quando sou autocrítico
E o medo que, de mim, faz um paralítico
É a coragem que emana do ventre rotundo
Pra roubar o alimento ao faquir moribundo
Então, me compadeço do pobre raquítico
Mas, se tenho a chance de fazer igual
Já não tenho mais pena do pobre mortiço
Afinal, é um mendigo, mais um marginal
Chega a ser engraçado, parece feitiço
Como todo marujo na nau social,
O que eu quero é o comando lá no passadiço
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